Decisão judicial impede Silvio de ganhar milhões com imóveis
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Reprodução/GoogleMaps-Terra - Terreno da discórdia fica ao lado do Teatro Oficina
São mais de 40 anos de batalha com inúmeras derrotas na Justiça. Silvio Santos acaba de sofrer mais um revés em sua tentativa de levantar torres residenciais em terreno de sua propriedade, com quase 11 mil m2, ao lado do Teatro Oficina, no Bixiga, bairro tradicional na região central de São Paulo.
O Tribunal de Justiça do Estado de SP proibiu a prefeitura da capital de autorizar a obra projetada pelo grupo empresarial do apresentador. Por enquanto, o Residencial Bela Vista não sairá do papel. Novo embate deverá acontecer na segunda instância.
O projeto que prevê mil apartamentos, lojas e estacionamento gigantesco já foi aprovado e cancelado em diferentes órgãos municipais e estaduais. Em 2017, Silvio teve uma reunião cara a cara com o diretor do Oficina, Zé Celso Martinez Côrrea, líder do movimento contrário à construção. Não houve acordo.
Artistas, arquitetos e urbanistas alegam que as torres de quase 100 metros de altura prejudicariam o Oficina, que é um edifício tombado. Em 2020, a mobilização conseguiu aprovar na Câmara Municipal a criação do Parque Bixiga no terreno de Silvio Santos. Mas o prefeito em exercício na época, Eduardo Tuma, vetou a proposta.
A comercialização das unidades e a locação das lojas do Residencial Bela Vista renderiam lucro bilionário a Silvio Santos. Um dinheiro mais do que necessário. Principal empresa de seu grupo, o SBT sofre crise financeira causada pela queda de receitas publicitárias e o aumento dos custos de operações para se manter no ar.
O apresentador e empresário sinaliza que não vai desistir do empreendimento. Aos 91 anos, ele está recluso desde agosto de 2021, quando testou positivo para covid-19. Divide-se entre a mansão no Morumbi, zona sul de São Paulo, e uma casa em Celebration, perto de Orlando, no estado americano da Flórida.
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